Simples, alegre, generosa, tímida e calorosa.
Bom humor e otimismo são características muito presentes na sua personalidade. Quem tem o prazer de se aproximar, nitidamente sai muito melhor do que quando chegou. É o tipo de pessoa que acumula habilidades, e em tudo que faz pousa maestria.
Essa é a Ana! Mulher, mãe e fotografa.
Fotografa, apaixonada e apaixonante.
Sua arte é singular, traz em cada trabalho o saudosismo, a simplicidade dos detalhes, de coisas esquecidas em meio à rotina, nos proporciona sentir aquele aconchego bom no peito, sabe?
Ana é multitarefas, além de fotografa é entusiasta na gastronomia, unindo suas habilidades com seu companheiro no projeto “tem laranja na cozinha”, onde agregam seus talentos às duas artes (fotografia e gastronomia).
Ana é o cheirinho de bolo vindo da cozinha, é a conversa agradável envolta por um café quentinho, é a cumplicidade da escuta em qualquer conversa informal a qual se oferece. É a capacidade de manter o ritmo com a sua alta energia, forte sentimento de dignidade e compromisso com os valores individuais. É o prazer da partilha…
Chegamos aqui, após um pedido…
A Ana tem um projeto pessoal também com mulheres (almanua), que estava engavetado a um tempo. Algumas barreiras estavam a impedindo de colocar isso no ar. Rotina, aceitação e apreço por si mesma. Pra ela, era importante passar pela experiencia de ser fotografada antes de fotografar outras mulheres. Se aceitar à priori, para empoderar outras a se aceitarem, o movimento de ser vista pelos olhos de outra pessoa seria primordial pra criar essa dinâmica.
Ana, já mulher feita e madura se depara com a dificuldade de aceitar as variantes alterações que o tempo deixou em seu corpo.
E foi aí que entrou o Estação-Mulher. Me senti inteiramente grata pela escolha, e por ser canal pra desobstruir essa energia contida nela.
É intensamente lindo isso. A entrega no que se faz, e o respeito com quem se fotografa é muito fiel. Não permite fazer pelo simples desejo de fazer, sem considerar o que isso agregará ao outro, a quem está do outro lado da câmera, é a maior verdade que nós fotógrafos podemos levar. É genuíno e sincero.
A fotografia entra como forma de traduzir com veemência a multiplicidade de quem somos dentro das várias formas de se sentir a cada momento.
A experiência foi muito satisfatória pra mim. Eu retratei com carinho uma das minhas referências na fotografia de família, rolou nervosismo e insegurança, mas a leveza e a confiança ali explicita fez com que o processo acontecesse de forma tranquila.
A estação é a casa dela, o aconchego do seu lar, sua redoma… Não poderíamos escolher local melhor. É ali que ela se redime, se encontra e pousa seu afeto aos seus. Sua casa é seu reino!
Na sua pele, a tatuagem traduz uma momento de libertação. Desatou amarras que a impediam de ser inteiramente arte e se descobriu inteiramente ela.
Finalizamos da mesma forma que começamos a uns meses atrás, com café! Teve bolo quentinho, conversa e uma troca muito significativa pra mim.
Foi especial e único.
Desejo que o intuito tenha sido alcançado. Espero ser presenteada com o “almanua”, com seu olhar e com a gentileza do seu afeto. A gente precisa disso!