Leonina, charmosa, vaidosa, autêntica e ansiosa…
Chora por tudo, mas em contraponto tem o riso frouxo, por onde passa encanta, fascina e atrai. É de uma energia sem igual, aquela coisa boa que se sente quando chega perto, sabe? Se dedica ao máximo ao que lhe é proposto, é integralmente solícita, sempre lançando gentileza e empatia à quem está a sua volta.
Superficialmente falando, essa é a Karytha que as pessoas veem. Essa é a Karytha que eu sempre vi, desde que a ‘conheço’.
Eu ganhei o presente de sentir a Karytha interiormente, de conhecer as dores da sua trajetória, seus arrependimentos mais íntimos, os remorsos que ainda a acompanham, a angustia e aflição por não ter feito diferente e o dissabor por ter se doado tanto a relações tão rasas.
Foi extremamente comovente pra mim compartilhar de coisas tão particulares com ela, após isso, a percepção muda, e pra melhor…
Mulher de coração silenciado e ferido em processo de cicatrização. Sofre reservadamente consigo mesma, entre tormentos e torturas, cada crise é bem dolorosa, mas significante pra sua libertação. E eu acredito forte que é só uma questão de tempo pra que isso aconteça.
É uma bomba relógio, seu maior medo é você mesma! Se controla a todo tempo pra não fazer nada a si, pra não se abandonar e consequentemente abandonar os seus (Edelise, Helvio, Alisson e Bernard)… Os seus, que pra ela, é o maior motivo para continuar, seguir em frente com resistência e coragem.
A bipolaridade é um obstaculo, oscilar entre ‘norte e sul’ a faz fraquejar diante dos seus medos, mas isso não a impede de continuar cultivando sua compaixão, ponto forte e constante na sua personalidade. É divino a forma como a Karytha dissipa o ódio da sua vida, mesmo com milhões de motivos para odiar quem tanto a atormenta, ela prefere abstrair e seguir em frente, com altruísmo, verdade e ternura.
A estação dela é o solto, é o infinito, é o todo… Escolhemos juntas fazer tudo ao ar livre, não teria sentido fazer indoor, como costumo fazer, pois ela merece o mundo, o durável e colorido.
Optei por mostra-la das duas formas, como a vemos e como ela se vê, voltando a intenção à vislumbrar a mulher maravilhosa que ela é e que está passando despercebida por seus olhos.
Karytha, gratidão por me deixar viver um pouco do seu mundo, por me deixar sentir, mesmo que superficialmente, o que envolve suas inquietações… Espero não ter passado sem deixar minha contribuição. Você é maravilhosa!
Escrevi escutando “Rock with you”. Quando escutar e for pra aquele lugar só seu, lembra sempre que “when the groove is dead and gone, you know that love survives, so we can rock forever… ” (quando a música estiver acabando, você sabe que o amor sobrevive, então nós – eu e todos que te amam- poderemos agitar pra sempre)